* PARÓQUIA DE PARANHOS *

DEZ COISAS A CONSIDERAR AO PREPARAR A CELEBRAÇÃO DO MATRIMÓNIO NA IGREJA CATÓLICA

1. O Matrimónio é um Sacramento! A celebração do Matrimônio não é somente uma cerimónia religiosa. Um matrimónio entre dois cristãos é um sacramento, ou seja, um encontro com Jesus Cristo. De uma maneira particular, a noiva e o noivo, ao oferecer as suas vidas um ao outro (oferta esta simbolizada pelos seus votos), prometem amor oblativo um pelo outro. Este amor oblativo, ou seja, amor que se doa, incorpora e torna presente o amor de Nosso Senhor Jesus Cristo, que se deu a si mesmo por amor ao seu povo. Todos aqueles que estão presentes num casamento podem olhar para a noiva e o noivo e verem Nosso Senhor Jesus Cristo. Mais importante, a noiva e o noivo, ao olharem um para o outro, vêem o amor do Senhor Jesus.

2. A Noiva e o Noivo são os Ministros do Sacramento. De algum modo, o matrimónio diz menos respeito à cerimónia ou à celebração sacramental do que à vivência diária da vida conjugal. O padre (ou diácono) não é o ministro do sacramento. Ele actua como uma simples testemunha oficial da Igreja e do Estado (é claro que se o casamento acontece dentro da Missa, o padre é o celebrante da Missa). A noiva e o noivo desposam um ao outro, e como tal, são eles os ministros do sacramento. A celebração do matrimónio, portanto, deveria ser um reflexo da fé e do amor do casal.

3. O Matrimónio é uma matéria de fé. Como um sacramento é uma acção da Igreja, o matrimónio não só pressupõe a fé, como também a renova e a fortalece. O processo de preparação para o matrimónio convida os casais para refletir sobre a presença de Deus em suas vidas. No Sacramento do Matrimónio, Deus “enriquece e fortalece” o marido e a esposa doando-lhes o seu dom especial da graça para os capacitar a viver o dia-a-dia do matrimónio “em fidelidade duradoura e mútua”.

4. As Escrituras: A Palavra de Deus para ti, e a tua palavra para o mundo. Os casais são convidados a escolher as leituras bíblicas que serão proclamadas na Liturgia do seu matrimónio. Normalmente três leituras (uma do Antigo Testamento, uma das cartas do Novo Testamento, e uma dos Evangelhos) são proclamadas. A Igreja fornece muitas opções para cada uma, e muitas paróquias fornecem recursos com informações sobre cada possível escolha. A Escritura é a própria Palavra de Deus falando à Igreja. Os casais devem reflectir sobre o que eles pensam o que Deus lhes diz a eles nesta fase linda das suas vidas, e os noivospor sua vez devem também considerar o que querem comunicar a respeito da sua própria fé, àqueles que se reunirão para celebrarem seu matrimônio.

5. Os Votos: o que os noivos dizem, o que prometem, o que vivem. O coração do Rito do Matrimónio é a troca de consentimento entre a noiva e o noivo. Neste momento, eles, enquanto ministros do sacramento expressam o seu compromisso vitalício de amar e honrar um ao outro, enquanto o padre (ou diácono) actua como uma testemunha. Sugere-se que os noivos memorizem os seus votos não somente para experimentar a troca de consentimento de forma mais poderosa, mas também para falar com o coração, em vez de os repetirem frase por frase depois do padre. Desta forma eles vão também gastar algum tempo ponderando sobre o que os votos significam, e espera-se que se lembrem das palavras no futuro, e que as palavras tomem mais e mais sentido em seu amor e cuidado do dia-a-dia, um para com o outro.

6. A Música: Para suscitar a alma e erguer a mente. A música para a celebração do Matrimónio não somente adiciona beleza e dignidade à cerimónia, como possui uma função litúrgica mais importante. Além de acompanhar a procissão dos padrinhos e a marcha nupcial, a música é uma parte integral da própria Liturgia: o canto das aclamações e as respostas da assembléia, hinos e canticos na entrada (acolhimento) e procissão da comunhão são prescritos no Rito do Matrimónio. A música deve refletir e comunicar, acima de tudo, o mistério do amor de Deus em Jesus Cristo, especialmente no que se refere aos noivos que se estão a unir em matrimónio.

7. A Procissão: Eis a noiva… e o noivo! O que os filmes retratam não é necessariamente a visão da Igreja. A noiva e o noivo entram no matrimónio livremente e igualmente, e a procissão de entrada simboliza isso, na medida em que o casal se aproxima do altar para ficar diante do Senhor. O Rito do Matrimónio sugere que os ministros litúrgicos (padre, diácono, leitores e acólitos) iniciem a procissão, seguidos da noiva e do noivo, cada um escoltado por “ao menos seus pais e as testemunhas”. Também pode o noivo entrar primeiro, levado pelos seus padrinhos e escoltado por seus pais, seguido da noiva, levada por seus padrinhos e escoltada por seus pais.

8. Os padrinhos: Mais do que figurantes. Uma das mais importantes tarefas desempenhadas pelos casais ao planear o seu casamento é a selecção dos padrinhos. Convidam irmãos, primos e amigos próximos, que mostram seu apoio através de sua presença próxima. Eles também realizam a função litúrgica de testemunhas oficiais do rito matrimonial. Há outros ministros litúrgicos que também devem ser considerados: leitores para proclamar as leituras das Escrituras e anunciar as intenções das intercessões gerais, familiares ou amigos para apresentar os dons do pão e vinho no ofertório, ou talvez os próprios acólitos para servir o altar, e ministros extraordinários da Sagrada Comunhão, quando for o caso. Todo este preparativo toma lugar quando os noivos preparam bem a celebração com o celebrante (padre ou diácono).

9. Família + Amigos = Assembléia Litúrgica. Os noivos convidam oseus amigos próximos e membros das suas famílias para tomarem parte no dia do seu casamento. Esta reunião também representa a comunidade da Igreja, uma vez que eles circundam o casal com o seu encorajamento e com as suas orações. Acima de tudo, esta é uma ocasião para adorar ao Senhor: ao celebrar o sacramento, o casal, juntamente com a sua família e amigos, formam uma assembléia litúrgica, que se coloca diante do Senhor com os corações abertos ao seu poder amoroso.

10. Acima de tudo, reze! A liturgia do casamento (quando celebrada dentro ou fora de uma Missa) é um acto de adoração. Como tal, é um momento de oferecer preces e acção de graças a Deus pelos seus dons, e alcançar as suas contínuas bênçãos e auxílio para a vida. Em particular, agradeçam a Deus pelo dom da sua(eu) esposa(o), e rezem ao Senhor pedindo que Ele os abençoe e os guie para que se tornem testemunhas do Seu amor um para o outro, e ambos para o mundo. Adaptado do artigo de Pe. Rick Hilgartner, publicado originalmente em www.foryourmarriage.org.